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Creme Pimenta

Ter | 02.01.18

Eu corri a S. Silvestre do Porto

Lá por casa o maluquinho das corridas era o marido.

Por altura da gravidez da mais nova, já ele andava metido em provas, disse que também havia de começar a correr. A ideia de sair e correr livremente, sem horários definidos ou locais pré-estabelecidos, agradava-me. 

Mas o tempo foi passado e eu fui adiando. De umas primeiras tentativas de caminhadas com um ensaio de corrida, chegámos ali a Outubro/Novembro e o marido anunciou: "Estás inscrita para a S. Silvestre!".

O pânico. Mas como? Eu não corro! 10 km? Ele é tolinho! Pensei de tudo, mas também sofro de algo chamado orgulho. Detesto desistir e ainda mais dar o braço a torcer.

Foi assim que em Novembro decidi que tinha de ser. Com ajuda do marido comecei os treinos. Do primeiro treino em que não conseguia correr mais de 1km sem parar, cheguei a fazer treinos de 3km, depois 4km, 6km e o máximo que fiz foi de 7km. Sempre com esforço e a duvidar de mim, excepto quando o treino terminava e via que tinha superado o anterior. Sempre com o apoio dele e do nosso grupo dos "maluquinhos da corrida" (obrigada malta). Houve até treino com chuva e muito vento.

Mas foram poucos os treinos e o dia 30 de Dezembro chegou. E aqui devo falar da importância do apoio de um grupo de amigos. A corrida pode ser vista como um desporto individual, mas só por quem não está inserido num grupo como o meu, que incentiva, motiva e acompanha. Sempre.

Parti confiante mas muito receosa. As primeiras subidas foram muito duras e aos 3km pensei mesmo em desistir. Não me deixaram.

Com o marido sempre ao meu lado, o grupo foi-se revezando, tive sempre companhia e palavras de incentivo.

Aos 7km pensei, daqui para a frente é sempre a superar-me. E cheguei ao fim, 10km sem parar. Sempre no meu ritmo - de tartaruga mas constante - que me levou à meta. Com o grupo a incentivar. 

"Se fosse fácil não era para ti", lia-se em letras gigantes numa subida que me parecia a pique poucos metros depois dos 9km. 

saosilvestreporto'17.jpg

E de facto isto das corridas é um vício. Mas dos bons!

E assim fechei o ano de 2017 cumprindo um objectivo que andava a adiar há demasiado tempo. 

Que 2018 traga saúde, amor e a coragem para novos desafios!

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