Ora voltamos aos comentadores de café dos meus sábados de manhã. Pérolas de hoje: "Eu tenho ouvisto nas notícias" - ora é o multimedia no seu expoente máximo pois claro...se o sr. acompanha os noticiários na tv claro que ouve e vê, portanto o verbo "ouver". "Duiodécimos" - pois que a sra. deste comentador continua a receber a reforma com os malfadados "duiodécimos" deve ser uma nova medida do governo confesso ignorância. E claro, não faltam os comentários às medidas do novo governo e as discussões sobre os valores das respectivas reformas.
A C. sempre acreditou no Pai Natal e, até ver, ainda continua a acreditar. Gosto que ela viva estas fantasias, como o Pai Natal, a Fada dos Dentes, etc e gosto da reacção dela a cada Natal, quando o velhinho barbudo estaciona o seu trenó puxado pelas renas no terreno baldio ao lado do prédio (que ela confirma sempre ter visto a levantar voo) e, vindo do terraço bate na janela da sala. Mas este ano ela confidenciou à avó: - Sabes, não foi o Pai Natal verdadeiro que veio lá a casa. - Não?! - Não, ele tinha uma linha a sair da barba e a barba era falsa! [ups] Se calhar o Pai Natal verdadeiro estava ocupado e mandou um amigo a nossa casa. Sabes, ele tem de entregar presentes a todos os meninos do mundo.
Se entrámos em 2015 com a perspectiva de mais família, de todas as emoções deste ano que passou, ver a relação imediata entre as nossas duas filhas foi, sem dúvida, aquele que mais me marcou. Entramos agora em 2016 com o renovado objectivo primeiro de as ajudar a crescer. Sim, pôr uma criança no mundo já é um grande projecto, mas o maior, sem dúvida, é ajudar a crescer. É ver o nosso coração multiplicado em dois seres que, logo no momento do parto, deixam de ser só nossos e passam a ser do mundo. É aprender a viver com estes dois verdadeiros corações fora do corpo. É aprender a cada momento a procurar o ponto de equilíbrio entre o segurar e deixar voar. E é este o nosso grande objectivo para 2016. Saber segurá-las quando precisarem, tendo, ao mesmo tempo, a capacidade de as deixar voar quando necessário.