Faz hoje 10 meses que o nosso mundo ficou ainda mais rosa.
Dez meses. Já são precisos todos os dedos das duas mãos para contar os meses em que vieste completar a nossa vida.
E do início da tarde de há dez meses, depois de toda a emoção de uma noite em trabalho de parto (santo, diga-se, passado a dormitar) e do teu nascimento, o que mais recordo é a ansiedade de receber a tua irmã, a partir daí "mais velha", e ver como vocês se recebiam mutuamente. O momento mais feliz da nossa vida. O vosso encontro.
E é um privilégio acompanhar e viver o vosso crescimento em comum. Irmãs.
Em plena "discussão" matinal a propósito de um brinquedo - e ainda a propósito disto - levei esta manhã com a seguinte afirmação: "Tu não percebes nada" Pronto. É isto. Mãe sofre.
A decisão de criar um desconto do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para famílias com filhos foi muito positiva. Mas infelizmente, como em muitas outras boas medidas, vamos a ver e o resultado prático fica ali a meio caminho.
Os descontos, que têm de ser aprovados pelas autarquias, são de 10% para famílias com um filho, 15% para dois filhos e 20% para três ou mais filhos.
Acontece que, chegada a cartinha das Finanças a casa com o IMI para pagar, verificámos aquilo que eu já tinha lido por aqui: as crianças nascidas em 2015 não contam para o cálculo deste desconto. Ou seja, no nosso caso, mesmo tendo duas filhas, o desconto é de apenas 10%, pois a Baby C. nasceu em Maio de 2015.
Quer isto ainda dizer que as famílias que tiveram o primeiro filho em 2015 nem desconto vão ter.
Comentário possível? É uma pena (para não escrever vergonha) que as boas medidas acabem por ficar ali a meio caminho. Ou como se diz em inglês halfway there.
Esta manhã, a propósito de um jogo que a C. queria instalar e que implica um boneco e não sei que mais, que eu não estava a perceber por estar cheia de pressa a acabar de me arranjar, diz-me ela: "Mãe, ouve, vou dar-te uma explicação!" ...
Na véspera do Dia do Pai, fui dar com a Carlota a contar ao pai, em detalhe, o desenho que lhe ia fazer para oferecer no dia seguinte (que nem chegou a fazer, pois também já trazia um diploma feito na escola). Digo eu: "Então mas Carlota, era surpresa para o pai". C.: "Era surpresa, mas não era segredo e eu não lhe contei da camisola..." Tudo isto, claro está, com o pai a ouvir a conversa...
[Quando disse camisola, referia-se à tshirt que mandei fazer para oferecermos ao pai e que ela tinha visto umas duas horas antes]