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Creme Pimenta

Sex | 31.03.17

DIY* | Os coelhos que nascem de ovos

Depois de ter andado dois dias a pensar no que me fui meter, em duas noites depois do jantar, eu a C. conseguimos concluir, com êxito a missão.

coelhos colagem.png

E atendendo a que estamos a um passo das férias da Páscoa, este foi o mote: coelhos e ovos. Embora nunca tenha entendido bem esta ligação, parece que provei que sim, afinal os coelhos podem nascer de ovos :)

E como este é um projecto bem giro e económico, que ainda vão a tempo de fazer para a Páscoa ;). Todo o material, que comprei na Tiger, excepto a cola que tinha em casa, custou-me 8 euros e deu para fazer 30 coelhinhos!

Deixo uma espécie de tutorial para o projecto que baptizei como Coelhinhos dos Ovos.

materiais.png

A base dos coelho são os ovos de plástico, que como mostro na foto já têm furinhos tanto em cima como em baixo, facilitando a passagem dos pipe cleaners que formam as orelhas e os pés. Basicamente, para as orelhas é passar o pipe cleaner pelos furos deixando metade para cada lado e dobrar formando as orelhas e enrolando para fixar. O processo para os pés é o mesmo, mas usando apenas metade do pipe cleaner.

O rabinho fiz colando um pompom com cola quente.

As caras foram desenhadas (pela C., eu apenas fiz a primeira para servir de molde) com marcador de tinta permanente.

E está pronto.

coelhinhos.png

Fizemos 30 que era a quantidade de ovos de plástico que comprei. Ainda sobraram muitos pipe cleaners de várias cores e alguns pompons.

Depois podem "rechear" o ovo com o que quiserem, nós colocámos dois bombons em cada (Páscoa é chocolate certo?).

Os nossos coelhinhos viajaram até à escola numa cesta de verga (das muitas que habitam cá por casa).

Ora, não sei se se lembram a esta altura, mas estes coelhinhos foram feitos para oferecer aos coleguinhas de turma no âmbito da Semana da Leitura, em que fui à escola ler um livro à turma da C.

E qual foi o livro que ela escolheu?

livro.png

«Cantigas e Cantigos para Formigas e Formigos», do José Fanha.

Já o temos há alguns anos, comprei-o andava ela na pré, e continua a ser um dos preferidos dela, e muitos dos versos já ajudaram a adormecer as duas miúdas cá de casa.

É um livro divertido, com alguns versos "marotos" e lengalengas que nos provam que conseguimos fazer música só com a nossa voz e as palavras certas.

E fez os coleguinhas da C. rir em vários momentos.

Missão cumprida.

 

*projecto inspirado nesta ideia que encontrei no Pinterest

Qui | 30.03.17

O coração em palavras

Lembra-me o Facebook, que há um ano eu escrevi-a isto:

Faz hoje 10 meses que o nosso mundo ficou ainda mais rosa.
Dez meses. Já são precisos todos os dedos das duas mãos para contar os meses em que vieste completar a nossa vida.
E do início da tarde de há dez meses, depois de toda a emoção de uma noite em trabalho de parto (santo, diga-se, passado a dormitar) e do teu nascimento, o que mais recordo é a ansiedade de receber a tua irmã, a partir daí "mais velha", e ver como vocês se recebiam mutuamente. O momento mais feliz da nossa vida. O vosso encontro.
E é um privilégio acompanhar e viver o vosso crescimento em comum. Irmãs. 
 
E continua a ser tão isto.
 
*As flores cor de rosa na foto são as flores que a avó M. ofereceu a cada uma das netas em cada um dos seus aniversários pequeninos, ou seja, a cada mês até chegarem ao primeiro ano, altura em que passa para as rosas: uma por cada ano. Tradição que começou em mim e multiplica rosas já às três dezenas no meu aniversário ♥
Ter | 28.03.17

O futebol e a natalidade

Ora, esta notícia "Celebrações islandesas terminam nove meses depois... com nascimentos", liga a vitória da selecção da Islândia frente à Inglaterra no Euro 2016 a um aumento do número de nascimentos.

Concluimos então uma estreita ligação entre o sucesso futebolístico e o nascimento de mais bebés.campeões.jpg

Portugal deveria então, por esta altura, estar a vier uma autêntica subida vertiginosa da taxa de natalidade! Não?

Alguém por aí prestes a ser pai/mãe que confirme esta teoria? Hum?

Seg | 27.03.17

Onde me fui meter?

Sou perita em "me meter" em situações das quais não sei bem como vou sair, mas lá acabo por encontrar uma solução (as prendas handmade são disso exemplo)*.

Esta é a Semana da Leitura na escola da C., pelo que, na quinta-feira, vou à sala de aula ler uma história à turma dela. Hoje, quando a fui buscar disse-me o seguinte:

"Sabes, as mães que foram hoje ler uma história trouxeram prendas para nós."

Oi? Como é que é? Então não basta ir lá ler uma história?! Também tenho de levar uma prenda???

Ora entre os exemplos das 3 (!) mães que foram hoje à escola, houve doces e lembrancinhas feitas pelas duplas mãe-filha.

Esta mãe que vos escreve é um pouco avessa a dar lembranças carregadas de doces, pelo que me pus logo a tentar lembrar de algo a dar. Uma volta à loja-do-demo, aka Tiger (que agora também existe aqui ao pé da porta), lá vim com uma ideia. Vamos é ver se consigo ter tudo pronto a tempo...leitura.pngDeixo-vos uma amostra das aquisições...mais detalhes quando estiver tudo mais adiantado (ai céus!).

*pensando bem este poderia ser o primeiro de uma saga a inaugurar aqui no blog...

 

 

Seg | 27.03.17

Voltei à infância

Ontem voltei à minha infância. Voltei a ser uma menina que sonha com castelos e magia, embora prefira sempre o príncipe na sua versão de monstro suave. Sim, onde C. e eu fomos ver a nova versão da Bela e o Monstro.

bela e o monstro.jpg

A expectativa era muito - tanto minha como dela - mas o meu entusiasmo deveria ser ainda maior, não fosse A Bela e o Monstro o filme - a par com a Bela Adormecida - aquele que mais vezes vi na sua versão VHS (!) que ainda vive em casa dos meus pais.

Li muito sobre o filme, alguns reviews de anónimos, uns a gostar muito, outros nem por isso. Mas devo dizer que o filme cumpre o que promete. Revisita a história, actualiza-a ligeiramente, mas mantém o essencial de um conto de fadas.
A Bela é a "miúda estranha" da aldeia cujos habitantes que não conseguem perceber o porquê de uma rapariga gostar de ler e até a atacam quando tenta ensinar outra menina a fazer o mesmo, numa época em que apenas os rapazes vão à escola! Uma situação que fez a minha filha pensar, questionando-se o porquê de a tratarem desta forma.
O Princípe vive no seu castelo sob o feitiço que lhe fora lançado, vendo as pétalas da rosa a cair, enquanto todos os habitantes, dia após dia, vão perdendo as suas características humanas. Todos vivendo no esquecimento do resto do mundo.
À parte de alguns pormenores de complemento às história, a narrativa segue o mesmo formato, o monstro captura o pai, a Bela troca de lugar como prisioneira e os empregados encantados do castelo tudo fazem para aproximar os dois, até que o amor vence, a aldeia e o ódio voltou a pôr-se no caminho, mas o amor é forte e tudo vence.

Para mim foi voltar à infância, mas agora com a maturidade para perceber porque a Bela é diferente. Para perceber que o princípe até tem mais encanto enquanto monstro. Para me amocionar quando se conhece a história da mãe da Bela. E para perceber os pequenos apontamentos de humor, como no final em que a Bela sugere ao príncipe que deixe crescer a barba (acho que também ela gostava mais do monstro peludo que o príncipe loiro e sem sinal de penugem...).

A Disney continua a fazer-me sonhar. Com um mundo em que o amor é suficiente para tudo superar. Em que a bruxa vê que todos merecemos uma segunda oportunidade. E onde os maus têm o seu castigo.

Diz-se que estão em carteira a adaptação de outros filmes de animação, mas creio que - para mim - nenhum outro terá a magia da Bela e o Monstro.

Sex | 24.03.17

Este mundo assusta-me

Creio que foi a 11 de Setembro de 2001 que tivemos o primeiro embate com a realidade e percebemos que o mundo que conhecíamos mudou.

Além do horror e sofrimento, o terrorismo trouxe até junto da nossa bolha de conforto - que infelizmente não se vive noutras zonas do globo - a incerteza de não sabermos quando alguém que está a nosso lado, seja um vizinho, um conhecido ou simplesmente alguém anónimo que se cruza connosco na rua na azáfama do dia-a-dia, vai desatar a cometer crueldades sem nexo.

Mas paralelamente ao terrorismo, vivemos outra realidade que me assusta ainda mais: a falta de valorização da vida humana.

Sempre houve crime e creio que enquanto houver homens haverá crime.

Mas a vida, que devia ser o valor mais sagrado, parece valer pouco e, a cada dia, somos atropelados com notícias de crimes violentos, mesmo ao lado da nossa porta. E sem sentido, porque explicação creio que nenhum crime tem.

De repente, numa pacata freguesia de um qualquer lugar, um homem toma a decisão de tirar a vida a outros. Assim, aparentemente como quem decide onde vai tomar o café da tarde. Crimes que nos irriçam a pele, como pais que, seja por que razão for, decidem acabar com a vida dos filhos. Vizinhos que se desentem por terrenos ou famílias que brigam por heranças. A lista podia continuar... 

Muito para lá da incerteza no futuro, assusta-me mais o tipo de mundo vamos nós deixar às próximas gerações.

mundo.png

 

 

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