Quando se perde uma oportunidade de estar calado
Todos nós já tivemos, pelo menos uma vez na vida, um daqueles momentos em que sentimos que perdemos uma boa oportunidade para estarmos calado. Acontece.
Mas há pessoas que, pelo cargo que desempenham, devia ter um pouco mais de cuidado nas afirmações. Tipo o Trump, por exemplo, quando chama nomes aos jornalistas ou quando disse que "Quando usado como deve ser, o arame farpado pode ser uma vista bonita". Ou basicamente sempre que abre a boca, sejamos honestos.
O presidente americano será sempre um bom exemplo para este tipo de exercício, como foi Jeroen Dijsselbloem quando disse que os europeus do sul gastam "todo o dinheiro em copos e mulheres", mas também podemos encontrar exemplos nacionais.
Rui Rio quando respondeu em alemão a um jornalista. Ou as tiradas fantásticas de muitos outros políticos.
Como o senhor ministro do Ambiente que disse que para ter desconto no IVA da electricidade, basta às famílias baixarem a potência contratada, considerando mesmo que seria "um bom exemplo de eficiência energética". Ora, pois bem, parece uma boa medida de poupança, mas eu já tentei e não é solução para quem, como eu, tem praticamente tudo eléctrico em casa...
Ora que agora temos mais um belo exemplo.
Em resposta à pergunta se já teve amizades coloridas, Margarida Rebelo Pinto responde um brilhante "Não sou dada a etnias". Instantes depois de Herman José, que conduzia o programa (que tinha também como convidada Sara Tavares), havia considerado que "Portugal não é um país racista".
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